Temer diz que não está preocupado com impopularidade
Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil
O
presidente Michel Temer declarou hoje (30) não estar preocupado com a
impopularidade que reformas propostas pelo seu governo possam causar.
“Se eu ficar impopular e o Brasil crescer, eu me dou por satisfeito”,
disse em São Paulo.
Temer proferiu palestra no Fórum “O novo cenário político e econômico” promovido pela Revista Exame. O presidente reiterou a necessidade de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece o teto dos gastos públicos.
“A aprovação é fundamental para evitarmos a espiral inflacionária e a recessão. A dívida poderá chegar a 100% do PIB em 2024 ou antes. Será a falência do estado brasileiro”, afirmou. O presidente disse ter convicção de que a proposta será aprovada. “O Congresso hoje está muito consciente de que precisa colaborar com Executivo para que possamos sair dessa crise”, acrescentou.
Temer disse que a proposta vai colaborar para o crescimento econômico sustentável do país e evitará elevação de impostos. “Não queremos aumentar a carga tributária, porque, convenhamos, chegou ao limite”, disse. Segundo o presidente, a PEC não é elitizada, pois garantirá recursos voltados aos grupos mais vulneráveis.
Reforma trabalhista
O
presidente da República comentou que a Justiça, a partir de decisões do
Supremo Tribunal Federal (STF), vem fazendo readequações trabalhistas,
como reduções salariais de 30%, pela interpretação da Constituição.
Ensino médio
Temer
disse que a decisão de reformar o ensino médio considerou o baixo
desempenho no índice de desenvolvimento da educação, que passou a
apresentar uma curva descendente nos últimos anos. Segundo ele, por
cerca de cinco anos, a matéria foi discutida, com pressuposto de manter
disciplinas obrigatórias por um certo período, permitindo que, ao final,
o aluno pudesse montar a sua grade de acordo com a graduação
pretendida.
O presidente avalia que a reforma foi “bem recebida, com uma ou outra voz dissonante”. Ele citou que, na época em que era estudante, havia o colegial clássico e científico, em que os alunos cursavam uma especialização, modelo empregado na Europa e Estados Unidos. “Não me preocupa, porque essa matéria será debatida e aprovada fazendo uma grande revolução”, “Temos certeza que estamos dando um salto de qualidade na educação”, acrescentou
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